Presidente da Anac defende cobrança por despacho de bagagens para crescimento do setor aéreo

O diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), José Ricardo Botelho, defendeu, na quarta-feira (29), a cobrança por parte das companhias aéreas pelo despacho de bagagens dos passageiros, alegando que a media pode favorecer o crescimento do mercado brasileiro.

Botelho participou da abertura do International Brazil Air Show (Ibas), no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e disse que os americanos adotaram essa norma em 1970 e hoje transportam 900 milhões de pessoas.

O presidente da agência acrescentou que países como Itália e Inglaterra, entre outros, têm regulação semelhante à que a Anac quer implementar no Brasil. Botelho destacou que, quando fala de elevação do número de passageiros, isso significa aumento de infraestrutura e geração de empregos.


Em dezembro passado, a Anac publicou resolução que previa o fim da franquia gratuita de bagagem para os passageiros do transporte aéreo, que passariam a pagar para despachar os volumes. A medida, entretanto, foi suspensa pela Justiça. Com isso, permanecem em vigor as franquias mínimas de bagagem despachada: 23 quilos (kg) em voos nacionais e duas malas de 32 kg em internacionais.

O presidente da Anac disse ainda que as empresas low cost (companhias aéreas de baixo custo e baixa tarifa) não têm interesse de vir para o Brasil. “O que nós estamos fazendo é criar um mercado adequado para que essas empresas olhem para esse mercado em potencial, que é muito grande, e digam ‘eu quero ir para o Brasil’”.

A liberação da cobrança das bagagens dos passageiros é, segundo ele, um passo nesse sentido. “Com certeza, ela facilita”. Outra possibilidade seria ampliar a participação estrangeira no capital das empresas aéreas brasileiras. (Com ABr)

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