Presidente da Petrobras não convence em programa de tevê

Discurso ensaiado
Assinada pela Gerência de Imprensa e Relações Institucionais (onde trabalham 1,1 mil pessoas), a Petrobras contestou a Associação Nacional de Jornais que acusou a Petrobras de vazar informações e prejudicar investigações contra a empresa. A estatal afirma que a ANJ equivocou-se quanto à suposta ameaça. A mensagem seria dede segurança padrão e automática, sem qualquer vínculo com o relacionamento com a imprensa e veiculada há anos na correspondência eletrônica emitida a partir do correio eletrônico da Petrobras, por todos os funcionários da empresa. “A Petrobras considera que é seu dever garantir que clientes, acionistas, parceiros e toda a sociedade tenham pleno acesso aos esclarecimentos prestados. Este é o único objetivo da Companhia”.

sergio_gabrielli_02Entrevistado do programa Roda Viva (TV Cultura), que foi ao ar na noite de ontem, segunda-feira, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, comentou sobre o blog criado pela estatal do petróleo, mas não convenceu. “Você tem hoje uma mudança muito significativa que a internet traz… um blog quebra a intermediação dos meios de comunicação entre a fonte e o público. Estamos apostando num instrumento – criado num momento de intensa exposição sobre temas da Petrobras – com várias interpretações diferentes, com várias conotações distintas, matérias insinuadoras que precisam ser publicadas na íntegra. Nós não estamos dando opiniões antes. A nossa opinião é posterior à publicação. Antes, nós só damos informações de fatos e dados”, declarou Gabrielli.

Perguntado sobre o loteamento de cargos na empresa, José Sérgio Gabrielli disse que “uma empresa que tem 240 mil contratos, uma empresa que funciona como a Petrobras funciona, que nos primeiros três meses desse ano investiu 15 bilhões de reais – são 5 bilhões de reais por mês -, não pode ser uma empresa que seja loteada”. Fossem verdadeiras as palavras do presidente da estatal, Lula da Silva não teria chamado para si a indicação do relator da CPI, assim como Silvio Pereira, o Silvinho, não teria recebido um veículo importado para facilitar a vida de um fornecedor da Petrobras. Se alguém tiver dúvidas sobre o cabide de empregos em que se transformou a empresa que telefone para José Janene.