Presidente do Parlamento da Venezuela afirma que governo Maduro está no fim; aliados reagem

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Henry Ramos Allup, integrante da oposição e presidente do Parlamento da Venezuela, declarou na segunda-feira (27) que o governo do aprendiz de tiranete Nicolás Maduro está em “etapa de aviso prévio”, em referência a uma eventual destituição do presidente do país.

“Para mim, o governo está em época de aviso prévio, como se diz em termos trabalhistas. Não digo que estão trabalhando, digamos que estão é cumprindo a etapa de aviso prévio. Sabem que estão em seus últimos dias e vão pagar, sejam civis ou militares”, alertou o deputado opositor em entrevista coletiva no Palácio Federal Legislativo, sede da Assembleia Nacional (unicameral).

Ramos Allup disse aos funcionários que, “quando isto acontecer, que vai ser em breve, (os integrantes do atual governo) vão à Justiça por suas desgraças”.

As declarações do deputado opositor foram dadas em sua chegada a Caracas, após visita de vários dias a Washington para participar de sessão da Organização dos Estados Americanos (OEA) para debater um relatório sobre a crise venezuelana elaborado pela entidade para invocar a aplicação da Carta Democrática ao país.


A avaliação de Allup é correta, mas não se pode garantir que isso acontecerá com tamanha facilidade e em tão exíguo espaço de tempo. Em jogo está não apenas a permanência de Nicolás Maduro no poder, mas a última tábua de salvação do decadente esquerdismo que sopra na América latina sob o patrocínio ideológico do governo de Havana, mais precisamente do sanguinário ditador Fidel Castro.

Destarte é importante frisar que no Palácio de Miraflores, sede do Executivo venezuelano, há um considerável contingente de agentes cubanos, os quais cumprem ordens expressas do “comandante” Fidel, sem contar os sicários que batem ponto no local, sempre a postos para ações covardes e terroristas encomendadas por Maduro.

Por outro lado, os partidos que ainda sustentam o chavismo anunciaram que pedirão ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) a dissolução da Assembleia Nacional, atualmente sob o controle da oposição. O anúncio foi feito por Didalco Bolívar, porta-voz do Gran Polo Patriótico e membro do partido Podemos, aliado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), base de sustentação da sandice em que se transformou o governo de Nicolás Maduro.

“Começamos as discussões para pedir uma consulta à Sala Constitucional do TSJ (sobre a dissolução do Parlamento)”, disse Bolívar. O recurso pedindo a dissolução da Assembleia, ainda de acordo com o porta-voz chavista, será protocolado na próxima semana.

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