Prestes a ser condenada por corrupção na Lava-Jato, Gleisi quer ser cartola de futebol e presidir o “Coxa”

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Não há limite para os devaneios da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR). Na alça de mira da Operação Lava-Jato, ré por corrupção e denunciada por sete delatores do Petrolão, com os bens bloqueados por determinação da Justiça face o seu envolvimento em esquemas criminosos, Gleisi ensaia uma carreira como cartola do futebol paranaense.

Em artigo publicado nesta terça-feira (21), a senadora petista faz críticas ao monopólio das transmissões futebolísticas, tomando por base a suspensão de uma partida no Paraná, por ordem da Federação Paranaense. Gleisi afirma que o futebol brasileiro precisa ser reorganizado e a transmissão dos jogos deve ser democratizada nos moldes do PT.

A incursão quase suicida de Gleisi Helena no mundo da bola mostra o grau do seu desespero em relação ao futuro político. Até porque, os desdobramentos da Lava-Jato e a tramitação de processos apontam na direção de um horizonte carrancudo para a senadora. A ideia é garantir uma plataforma político-eleitoral com vistas às eleições de 2018, quando Gleisi terá de concorrer a novo cargo eletivo caso queira manter o malfadado foro privilegiado, se este não for extinto até lá.


Considerando que o PT caiu em desgraça no Paraná, assim como em todo o País, a estratégia é arrumar alguma tábua de salvação e evitar que o lulopetismo desapareça na terra dos pinheirais. Diante de cenário tão desanimador, não está descartada a possibilidade de Gleisi concorrer, em 2018, a uma vaga na Câmara dos Deputados, já que seu cacife eleitoral minguou ao longo dos últimos anos, principalmente depois que a PF revelou que a petista embolsou R$ 1 milhão em propina do Petrolão.

Gleisi, que nas planilhas da corrupção da Odebrecht aparece com o codinome “Coxa” (apelido dado aos torcedores do Coritiba), estaria pensando em candidatar-se à presidência do clube do seu coração. O primeiro passo seria essa campanha pela “democratização petista” das transmissões de futebol. O que, dependo do ponto de vista, pode significar escândalos seguidos.

Antes que a torcida do Coxa se entusiasme com a candidatura de Gleisi à presidência do clube, é bom lembrar seu histórico administrativo. Em 2013, quando era ministra chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff, Gleisi nomeou para comandar as políticas do governo federal para crianças e adolescentes um pedófilo conhecido que tempos depois foi condenado a mais de cem anos de prisão.

Eduardo Gaievski, que à época da nomeação já respondia a dezenas de processos por abuso sexual de menores, trocou cargos na prefeitura de Francisco Beltrão, no interior no Paraná, por sexo com meninas vulneráveis (menores de 14 anos). O viés delinquente do protegido de Gleisi é tamanho, que o pedófilo praticou sexo oral com uma menina de cinco anos.

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