‘Prévia do PIB’ cai 0,48% em outubro e reforça cenário recessivo; economia terá dificuldades em 2017

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Após ceder 0,08% em setembro, a economia brasileira registrou novo recuo em outubro. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) do mês teve baixa de 0,48% na comparação com setembro, com ajuste sazonal.

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 132,95 pontos para 132,31 pontos na série dessazonalizada de setembro para outubro, o que marca o segundo mês consecutivo de recuperação. Esse quadro não surpreendeu, pois nos detalhes do cotidiano é visível a crise que vem chacoalhando o País. A previsão do PIB para este ano é de retração na casa de 3,5%, índice inimaginável para um país que é rotulado como emergente.

A grande preocupação está no resultado do PIB de 2017, já que as estimativas começam a definhar com o avanço do tempo. Na contramão de um crescimento de 1,5%, analistas do mercado já preveem avanço de 0,5% do PIB no próximo ano, mas há quem trabalha com a expectativa de retração da economia. Caso essa previsão seja confirmada, o Brasil chegará ao terceiro ano de recessão.

Esse movimento, que vem produzindo um cenário quase próximo de terra arrasada, é fruto da incompetência e da irresponsabilidade que marcaram os governos petistas de Lula e Dilma Rousseff. Enquanto o ex-metalúrgico abriu mão da receita de forma populista ao reduzir a alíquota de IPI em determinados setores, a presidente demitida apostou na gastança como forma de manter-se no poder.


No caso de Dilma, a contabilidade oficial foi maquiada de maneira escandalosa para garantir sua reeleição, mas a verdade não tardou a surgir em cena. Infelizmente, a conta está sendo paga pelos mais pobres, que enfrentam agruras das mais variadas: desemprego, perda do poder de compra do salário, endividamento, inadimplência, taxas de juro elevadas e falta de confiança no futuro.

Com isso, a economia perde o ritmo e afunda cada vez mais na vala de uma crise que não terminará tão cedo. Desde o momento em que a PEC do Teto de Gastos chegou ao Parlamento, a oposição, formada em sua maioria por integrantes da esquerda raivosa e revanchista, passou a criticar duramente a proposta, sob a alegação de que os trabalhadores e os mais pobres pagariam a conta.

Os números da economia não apenas desmentem essa cantilena covarde e rasteira da oposição, que tenta ressurgir na cena política no vácuo da mitomania, mas provam que a não limitação dos gastos da União prejudicaria em especial os pobres.

Em suma, o brasileiro que se prepare para pelo menos dois anos de sacrifícios, pois a lanterna no final do túnel só aparecerá no começo de 2019. A partir de então será preciso comprar as pilhas para fazer funcioná-la.

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