Bola e poder – O príncipe Ali Bin al-Hussein, da Jordânia, anunciou nesta terça-feira (6) a intenção de candidatar-se à presidência da FIFA, que realiza eleições no próximo dia 29 de maio. Hussein, de 39 anos, é presidente da Federação de Futebol da Jordânia desde 1999 e ocupa a vice-presidência da FIFA desde 2011.
“Estou satisfeito em anunciar minha intenção de me apresentar como candidato para o cargo de presidente da FIFA”, escreveu Hussein em sua conta no Twitter.
Se confirmar sua candidatura, o príncipe concorrerá com Joseph Blatter, atual presidente e que tentará um quinto mandato em maio. Outro candidato é o francês Jérôme Champagne, de 55 anos e ex-vice-secretário-geral da FIFA.
Hussein diz querer tirar o foco da “controvérsia administrativa” e voltá-lo “para o esporte”. A decisão de se candidatar, segundo ele, foi tomada “após uma cuidadosa reflexão e muitas discussões com colegas respeitados da FIFA nos últimos meses”.
As candidaturas terão de ser apresentadas oficialmente até o próximo dia 29 de janeiro e devem ter o apoio de pelo menos cinco dos 209 membros da organização, o que não deverá ser problema para o príncipe jordaniano.
No caso de Ali Bin al-Hussein vencer a disputa, pela primeira vez a FIFA, entidade maior do futebol, será comandada pelo representante de uma nação que não tem tradição no esporte bretão. Independentemente desse detalhe, a FIFA há muito precisa de uma renovação para espantar da instituição os fantasmas do continuísmo obtuso que teve seu auge como brasileiro João Havelange.
Irmão por parte de pai do Rei Abdullah II, da Jordânia, o príncipe Ali frequentou, durante a infância, a Escola Islâmica de Amã. Continuou os estudos no Reino Unido e nos Estados Unidos, onde cursou a Salisbury School, em Connecticut, tendo se destacado na prática de artes marciais com técnicas de agarramento. O vice-presidente da FIFA integrou as Forças Especiais Jordanianas e completou os estudos na Princeton University, no estado norte-americano de New Jersey. (Com agências internacionais)
