Queda no consumo e nos preços dos alimentos leva a inflação de novembro a ser a menor desde 1998

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Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial brasileira registrou alta de 0,18% em novembro, menor índice para o mês desde 1998, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda nos preços dos alimentos permitiu uma alta menor do mais temido fantasma da economia, que nos últimos anos vem provocando um estrago quase devastador no País.

Em doze meses, o IPCA é de 6,99%, índice acima do teto (6,5%) do plano de metas estabelecido pelo governo federal, que continua enfrentando a resistência da inflação. No acumulado do ano, o índice inflacionário é de 5,97%, até novembro, podendo encerrar 2016 abaixo do teto de 6,5%.

Esse cenário, segundo os economistas, pode continuar em curva descendente, pois a expectativa é de que os preços dos alimentos continuem em queda, ao contrário do que ocorreu em meados do ano, quando a alta assustou os consumidores.


É importante que a sociedade, como um todo, mantenha a cautela na hora da compra, não se deixando levar por ofertas que muitas vezes não são reais ou, então, armadilhas de consumo.

Faz-se necessário salientar que o baixo índice de inflação no mês de novembro não é fruto da ação do governo contra o IPCA, mas, sim, de um expressivo recuo no consumo de forma geral, reflexo imediato de uma recessão econômica que deve perdurar ao longo do próximo ano.

Ademais, o IPCA está longe de retratar a realidade inflacionária do cotidiano, que em alguns casos é mais do que o dobro do índice oficial. Se o quadro atual fosse reflexo das ações do governo, o Palácio do Planalto não estaria preocupado em adotar medidas urgentes para estimular a economia. Ou seja, a inflação de novembro não reflete a retomada da economia, pelo contrário.

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