Se transformar Lula em ministro, Dilma precisará marcar a data do velório do seu governo

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Há alguns anos a presidente Dilma Rousseff insiste em incorporar aos seus desconexos discursos o tema do combate à corrupção, como se o seu governo fosse um exemplo de caçador de delinquentes que surrupiam o dinheiro público. O PT, partido da presidente e que já foi acertadamente comparado a uma organização criminosa, está a mandar pelos ares a bazófia discursiva da “companheira” Dilma.

A primeira estratégia da camarilha petista é emplacar Luiz Inácio da Silva, a jararaca de pelúcia, em algum ministério, para que o responsável pelo período mais corrupto da história brasileira se agarre ao foro privilegiado e mantenha distância de eventual pedido de prisão, que pode ser expedido a qualquer momento pela Operação Lava-Jato, que já tem razões e provas suficientes para mandar o ex-metalúrgico para a cadeia.

Se isso acontecer, como já explicou o UCHO.INFO em matérias anteriores, Dilma demonstrará sua disposição de interferir nas investigações da Lava-Jato, não sem antes marcar a data do velório do seu próprio governo, que agoniza na vala putrefata da corrupção.

No caso de bancar essa manobra ousada e criminosa, que serve apenas para tentar salvar o PT e a trajetória bandoleira de Lula, a presidente da República não terá outra saída, que não a renúncia. A crise econômica se agrava com o passar dos dias, ao mesmo tempo em que o mercado financeiro reage positivamente a cada sinal de piora do calvário do governo. Em outras palavras, Dilma, Lula e o PT são os problemas.

O outro drible que começou a ser ensaiado pelos petistas é a indicação de um nome de confiança do partido para o Ministério da Justiça, caso o atual titular da pasta decida permanecer como membro do Ministério Público baiano. Na tarde desta quarta-feira (9), o Supremo Tribunal Federal decidiu, por dez votos a favor e um contra, pela anulação da nomeação de Wellington César Lima e Silva, que deve se desvincular totalmente do MP da Bahia para continuar ministro. Do contrário, terá de comprar uma passagem para Salvador.

A decisão foi tomada em caráter amplo, o que obriga outros integrantes do MP que ocupam cargos no Executivo a se enquadrarem no que determina a Constituição Federal no artigo 129, inciso IX.


O nome que vem sendo incensado pelos petistas é do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), um dos obtusos que adulam continuamente Lula, como se o ex-metalúrgico fosse uma espécie de divindade. Se nos planos superiores há algum deus da corrupção, por certo Lula é seu parente.

Paulo Teixeira foi responsável pela representação junto ao Conselho Nacional do Ministério Público que suspendeu o depoimento de Lula ao promotor Cássio Conserino, do MP de São Paulo, que investiga os escândalos da Bancoop e do apartamento triplex, em Guarujá, que o petista nega ser dono. Nesta quarta-feira, Conserino denunciou Lula e Marisa Letícia à Justiça por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

A ideia dos petistas é emplacar Paulo Teixeira no Ministério da Justiça para que o “companheiro” passe a controlar as ações da Polícia Federal, instituição subordinada à pasta e que há muito luta pela independência. O tiro pode sair pela culatra, pois a PF é, além de polícia de Estado, é polícia Judiciária. Ou seja, tem o dever de cumprir as determinações da Justiça, ao mesmo tempo em que nas investigações atua em parceria com o Ministério Público.

Não é difícil imaginar o que pode acontecer no País se a Justiça Federal der uma ordem à PF, enquanto o ministro impede a ação dos policiais. O Brasil vive um crise institucional sem precedentes, cenário que piora muito com a avalanche de corrupção protagonizada pelos “companheiros” e seus apaniguados e aliados.

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