Agora sim – Pela primeira vez desde o início dos protestos os manifestantes ingressaram na seara da legalidade, pois deixaram de fora dos movimentos os baderneiros de aluguel que se infiltraram, a mando de partidos políticos, para promover baderna e destruição.
É importante ressaltar que os protestos deixaram de ser pela redução das tarifas de transporte público, centrados em duas cidades (São Paulo e Rio de Janeiro), para alcançar muitas reivindicações e ganhar várias capitais brasileiras.
Qualquer manifestação popular com a preservação da ordem é absolutamente constitucional, além de necessária quando o Estado está à deriva por conta da incompetência dos governantes.
Não se pode aceitar que manipuladores profissionais operem nos bastidores apenas para atender interesses de um partido, que luta para a instalação do caos como forma de facilitar o caminho para um regime de exceção.
Ao contrário do que ocorreu nas manifestações anteriores, o que se vê nas ruas é um protesto pacífico, que pode crescer e atingir seus verdadeiros objetivos, desde que nenhum partido político assuma a paternidade do movimento. O que está em discussão é o Brasil do amanhã, não um arremedo eleitoral.
Que não se esqueça que assim como os movimentos são legítimos e legais, de igual modo é o direito de ir e vir de qualquer cidadão. Os manifestantes, para manter o apoio da população, devem agir com responsabilidade, não interrompendo importantes vias das cidades, como é o caso da Avenida Paulista, em São Paulo, que dá acesso aos dez mais importantes hospitais da capital dos paulistas.
O movimento saiu do controle de alguns baderneiros e ganhou dimensão que agora preocupa os políticos em todas as instâncias. O Brasil passa por um processo de profunda deterioração política, sem que até então qualquer reação tivesse sido esboçada.
Continuamos defendendo o direito à manifestação, desde que mantida a ordem e o respeito à legislação vigente, pois só assim o movimento não correrá o risco de perder sua verdadeira essência.