Situação de Dilma Rousseff no escândalo da refinaria de Pasadena está se complicando com o tempo

dilma_rousseff_392Tiro no pé – É cada vez mais grave a situação de Dilma Rousseff no imbróglio da aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas. A presidente tentou se explicar, por meio de nota divulgada pelo Palácio do Planalto, mas acabou se complicando sobremaneira, pois no documento ficou patente a sua incompetência, derrubando o mito da “gerentona” lançado por Lula, que igualmente é responsável pelo escândalo.

Dilma explicou na nota palaciana que como presidente do Conselho de Administração da Petrobras autorizou o negócio com base em laudo técnico “falho”, mas a petista está sendo desmentida a cada instante. Ex-presidente da Petrobras, o petista José Sérgio Gabrielli disse que as cláusulas contratuais, ora objeto de questionamentos, são consideradas normais em negócios dessa natureza, ao mesmo tempo em que afirma que Dilma não foi enganada, como quer fazer acreditar a chefe do governo.

O detalhe nessa queda de braço passa pela saída de Gabrielli do comando da empresa, posto que alcançou por indicação do então presidente e lobista Luiz Inácio da Silva. José Sérgio Gabrielli deixou a Petrobras na esteira da faxina que Dilma tentou fazer no governo tão logo chegou ao Palácio do Planalto, cedendo o cargo à atual presidente da petroleira, Maria das Graças Foster. E os brasileiros podem esperar, porque nesse chumbo trocado muitas serão as balas perdidas.

Outro envolvido no imbróglio que pode complicar a vida da presidente da República é Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras e responsável pelo laudo técnico que Dilma considerou “falho”. Cerveró, que entrou de férias na última quarta-feira (19) e viajou para a Alemanha, já enviou recados ao Palácio do Planalto, por meio de interlocutores, que não será o bode expiatório do escândalo e muito menos pagará a fatura sozinho. Ou seja, se for arrastado para o olho do furacão, Nestor Cerveró deve levar muita gente a tiracolo.

Acontece que a tentativa de Dilma de colocar a culpa no colo de Nestor Cerveró não deu certo, pois apesar de toda a confusão ele foi remanejado e, segundo análise do mercado, acabou sendo beneficiado por uma promoção. Ele deixou a área internacional da Petrobras e assumiu a diretoria financeira da BR Distribuidora.

Por fim, a derradeira ameaça a Dilma e ao Partido dos Trabalhadores atende pelo nome de Paulo Roberto Costa, preso na quinta-feira (20) pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato. Costa, que fora procurado pela PF de ter recebido um automóvel do doleiro Alberto Youssef, é acusado de tentar destruir provas que supostamente o ligam ao esquema criminoso que teria lavado US$ 10 bilhões.

O que o Palácio do Planalto não considerou é que Paulo Roberto Costa sabe demais sobre os bastidores da Petrobras e seu suposto envolvimento com a quadrilha desbaratada pela Polícia Federal pode esconder detalhes escabrosos de financiamento paralelo de algumas campanhas políticas. Fora isso, Paulo Roberto Costa gravitava com muita intimidade na cúpula de partidos da chamada base aliada. Como noticiou o ucho.info na edição de quinta-feira, faltarão camburões para levar os envolvidos para a cadeia caso Paulo Roberto Costa resolva contar o que sabe.