Bola parada – A decisão do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), de suspender os pagamentos do Estado até a que o Supremo Tribunal Federal decida sobre a questão dos royalties do petróleo, cujos vetos presidenciais foram derrubados na última semana no Congresso, deve piorar o já comprometido cronograma das obras do Estádio Mário Filho, o Maracanã.
Inicialmente prevista para dezembro, a conclusão das obras do palco da final da Copa de 2014 foi adiada três vezes. Inicialmente para fevereiro, depois para 15 de março e agora para 27 do mesmo mês. O Maracanã será testado pela FIFA durante a Copa das Confederações, que começará entre os dias 15 e 30 de junho.
O atraso nas obras tem levado os dirigentes da FIFA à preocupação, apesar das recentes declarações de Jérôme Valcke, secretário-geral da entidade, que disse estar tranquilo depois de reunião com Cabral.
Especialistas em grandes obras analisaram o que já foi construído no Maracanã e disseram que a data de 27 de abril não permite um engasgo sequer no meio do caminho. Por conta do atraso, as obras do estádio receberam um reforço de mão de obra e atualmente contam com 6,5 mil trabalhadores.
Na reta final, cumprir a nova promessa exigirá pagamentos em dia por parte do governo fluminense, o que não deve ocorrer nas próximas duas semanas. Por mais que o STF tenha anunciado que dará celeridade ao caso, o tema é complexo e a decisão tende a ser mais demorada do que se imagina.
