Tentativa do governo Dilma de afastar relator no TCU antecipa o fracasso da reforma ministerial

augusto_nardes_05Organização criminosa – “Nunca antes na história deste país” um governo foi tão corrupto e inepto como o da ex-guerrilheira Dilma Vana Rousseff, a camarada Vanda ou Estela. Ciente de que seu tempo de permanência no Palácio do Planalto pode ser abreviado a qualquer momento, a presidente da República adota o jogo rasteiro e covarde para tentar evitar a rejeição das contas de 2014. A mais recente manobra, encabeçada por Luís Inácio Adams, advogado-geral da União, e endossada pelo ministro José Eduardo Martins Cardozo, da Justiça, tem como objetivo ejetar o ministro Augusto Nardes, do TCU, da relatoria do processo que analisa as chamadas “pedaladas fiscais”.

Nardes, que recomendou aos seus pares no Tribunal de Contas da União a rejeição das contas do governo referentes ao ano passado, com base em longo parecer dos técnicos do órgão, já vinha sendo ameaçado, o que levou a requisitar segurança diuturna. Agora, com a tentativa de ejetá-lo da relatoria, o governo bandoleiro do PT adota a velha prática de intimidação, como se vitórias no tapetão devessem ser aceitas com naturalidade.

O parecer preparado pelos técnicos do TCU é tão consistente, que o ministro que votar pela aprovação das contas do desgoverno de Dilma estará assassinando a lógica. Dilma incorreu no crime de responsabilidade, o que abre caminho para um processo de impeachment, assunto que depende da decisão do Congresso Nacional.

O desespero dos palacianos que se desprende da ação intimidatória é um claro sinal de que a pífia reforma ministerial, anunciada na última sexta-feira (2), não produzirá os efeitos desejados pelo governo no Parlamento. Com semblante de quem está derrotada e refém de “aliados”, Dilma defendeu, ao anunciar o novo ministério, o governo de coalizão, tese boquirrota para justificar uma administração que é propulsada pela corrupção.

É importante salientar que a decisão final acerca das “pedaladas fiscais” cabe ao Congresso, ou seja, Dilma e sua turba não deveriam se preocupar com o voto do ministro-relator Augusto Nardes. Antecipado com exclusividade pelo UCHO.INFO, o voto de Nardes pela rejeição das contas, se acompanhado pela maioria dos ministros do TCU, configurará uma recomendação ao Congresso para que diga não à contabilidade governamental de 2014.

Dilma esperava que o grande teste da reforma ministerial fosse a análise, na terça-feira (6), dos seis vetos presidenciais restantes – outros 26 foram mantidos em sessão do Congresso –, mas o sabor acre da derrota já começa a emergir da criticada dança de cadeiras na Esplanada dos Ministérios, ação que colocou o núcleo duro do governo no colo de Lula e deu ao PMDB o maior quinhão do orçamento federal, já que agora a legenda está à frente de sete pastas.

Chiadeira da oposição

Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) defendeu que o Congresso Nacional reaja a qualquer tentativa do governo do PT de adiar ou tumultuar o trâmite da avaliação das contas da presidente Dilma Rousseff pelo TCU.

A reação do senador se deu após o governo se valer de suposta antecipação pública de voto para tentar afastar Augusto Nardes da relatoria do processo das “pedaladas fiscais”. No entendimento de Caiado, a presidente tenta ganhar tempo contra uma decisão que deve acelerar a abertura do processo de seu afastamento na Câmara dos Deputados.

“Não vamos permitir e acreditamos que o Congresso Nacional, por ser o TCU um órgão acessório, vai tomar as providências necessárias para que tenhamos o julgamento das contas de Dilma na noite desta quarta-feira [7]”, afirmou o democrata.

Para Caiado, faltam argumentos para refutar todas as denúncias do TCU, sobrando ao governo a estratégia da ameaça. “Estão tentando impedir que o relator continue julgando uma matéria que todos nós sabemos que se trata de uma prática criminosa no momento da campanha eleitoral. Esse é um gesto de desespero da presidente Dilma”, concluiu.

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