Estica e puxa –
Um dia da caça, outro do caçador. Pelo menos é assim que pensa o PSDB gaúcho, que pode pedir o impeachment do vice-governador do Rio Grande do Sul, Paulo Antônio Feijó. Foi ele o autor das principais denúncias contra a governadora Yeda Crusius de provável uso de caixa dois nas eleições de 2006. Desta vez, Feijó está sendo acusado de ter firmado um contrato ilegal de consultoria com a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). O documento foi assinado em 2007, quando o vice-governador estava no exercício do mandato. O advogado de Feijó, Marco Antônio Campos, disse hoje pela manhã que a transação seria legal. Na quarta-feirao causídico disse que o serviço consistia em localizar empresas interessadas na aquisição dos hospitais da universidade, não resultando em negócios. Os tucanos querem acionar o Ministério Público contra Feijó, mas na reunião de ontem à tarde decidiram aguardar um pouco mais até que novas provas possam ser agregadas às denúncias.
Enquanto isso, a governadora Yeda Crusius consegue manter em banho-maria o pedido de abertura de uma CPI contra ela, capitaneado pelo Partido dos Trabalhadores. Para barrar as investigações na Assembléia Legislativa, aliados da governadora tem afirmado que as contas estão em dia e que as obras em execução no interior do estado estão em sendo pagas dentro do prazo. Se aberta a CPI, na tese dos governistas, as obras poderiam parar e os fornecedores e a população sofreriam com a confusão entre chimangos e maragatos. Até agora, foram reunidas 15 assinatura, sendo que duas outras poderiam ser obtidas com deputados estaduais do Democratas. Na Assembléia Legislativa tem assento 55 parlamentares – 33 da bancada governista integrada pelos PSDB, PTB, PP, PPS e PMDB. Dois partidos com nove deputados, o PDT e o Democratas, seriam neutros.