Líder tucano esbanja desfaçatez ao falar de CPI

Óleo de peroba

Líder do PSDB no Senado, o amazonense Arthur Virgílio Neto abusou da verborragia ao ocupar a tribuna da Casa na tarde de ontem para, arthur_virgilio_05 entre tantos assuntos, falar sobre a CPI Petrobras/ANP. Em dado momento, o senador tucano disse: “Não faço parte daquele grupo de xiitas que acreditam que a verdade pertence a si próprio e, de maneira sarracena, condena, exclui e joga ao opróbrio quem discorda, quem pensa diferente”. Primeiramente é preciso lembrar que nem todos os sarracenos agiam da maneira como insinuou Arthur Virgílio. Ademais, não passou de blasfêmia de ocasião o discurso do líder do PSDB. Virgílio é um excelente orador e sabe fazer uso de palavras difíceis para confundir. Para quem desconhece, “opróbrio” é a ação ou dito que desonra, afronta, que revela desprezo e desconsideração. Ora, já que Arthur Virgílio trouxe à baila os opróbrios, que o senador explique o que foi aquela sua sandice de afirmar que daria um soco no rosto do presidente Lula da Silva.

Ao falar sobre o que espera dos integrantes da CPI Petrobras/ANP, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse que confia na integridade moral de cada um de seus pares. “Estou dizendo apenas que, quando a verdade aparecer, quando o fato aparecer, se o fato aparecer, as pessoas que integram essa Comissão, unanimemente, mandarão apurar, porque ninguém ali vai fazer vista grossa, ninguém ali vai estragar a sua biografia, ninguém ali vai deixar de cumprir com o seu papel”, afirmou o senador no plenário do Senado. Para quem sofre de falta de memória, o discurso do senador tucano é uma ode à retidão política. Mas não custa lembrar que a CPI do Banestado terminou em uma enorme e mal cheirosa pizza porque tucanos e petistas chegaram a um acordo espúrio nos bastidores.