Experiência de sobra –
Paulo Duque (PMDB-RJ), o suplente que virou senador com a eleição do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), preside hoje a sessão de instalação e escolha do presidente e do vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras/ANP. Como o mais velho parlamentar, Paulo Duque é da velha guarda carioca e por isso disse ontem que “tudo vai dar certo”. Advogado experiente, Duque sabe muito bem que o clima não está para céu de brigadeiro.
A poucas horas do início da reunião, não há ao menos um acordo sobre quem deve assumir a presidência ou a relatoria, que em tese é uma função tão importante quanto a de presidente. Mas é prerrogativa do presidente eleito escolher o relator. No final da tarde de ontem, o senador João Pedro (PT-AM) admitiu a este site que nada está definido. Ontem, ninguém teria negociado qualquer acordo, pois os líderes de bancada estavam bem longe de Brasília. O assunto será o cardápio principal da bancada petista no almoço previsto para o meio-dia. O PMDB também vai tratar do assunto em encontro matinal.
A CPI da Petrobras/ANP, além das questões explosivas já mencionadas pelo ucho.info, foi envolvida em assuntos políticos de outra CPI, a das entidades não-governamentais. Por um cochilo da base governista, a CPI das ONGs é presidida por um senador oposicionista e agora relatada por outro oposicionista (Arthur Virgílio, do PSDB-AM). Contabilizado o estrago, o relator anterior, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) quer voltar, mas Heráclito Fortes (DEM-PI) garante que não irá apear da função o tucano, apenas para atender a um senador submisso ao Palácio do Planalto.