Uma vergonha –
A força-tarefa composta pela Aeronáutica e Marinha brasileiras e que trabalha na busca dos destroços do avião que fazia o voo AF 447 (Rio-Paris) começa a bater cabeça. A peça de sete metros de diâmetro avistada no mar e que supostamente seria parte da aeronave acidentada, não foi mais encontrada. De acordo com o tenente-brigadeiro Ramon Borges Cardoso, que coordena as operações, até ontem os aviões e navios que estão no suposto local do acidente tinha como prioridade a busca de sobreviventes e corpos das vítimas. O que foi recolhido até então, segundo o brigadeiro, era lixo marítimo. Esse erro crasso da força-tarefa joga por terra a teoria luliana, de que “um país que encontra petróleo a seis mil metros de profundidade é capaz de encontrar um avião a dois mil metros”. Se não conseguiram apanhar uma peça que flutuava, não é difícil imaginar o que pode acontecer debaixo d’água.