Morreu na casca –
O Partido dos Trabalhadores e o Palácio do Planalto trabalharam pesado para desarmar a bomba que estava prestes a estourar com a CPI da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), instalada no dia 18 de junho na Câmara dos Deputados. Numa manobra bem sucedida, sete partidos (PTB, PMDB, PR, PPS, PSDB, PT e DEM) solicitaram a retirada das indicações de seus integrantes e, com isso, inviabilizaram a comissão de investigação, que terá que ser arquivada. O pedido de criação foi do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), que na semana passada foi eleito presidente, e do deputado Alexandre Santos (PMDB-RJ), indicado relator. Santos seria um preposto do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), especialista em exigir favores do governo federal.
A CPI da Aneel teria o objetivo de investigar a formação dos valores das tarifas de energia elétrica no Brasil e a atuação da agência na autorização dos reajustes tarifários a título de reequilíbrio econômico-financeiro. Quando anunciou a extinção da CPI, o líder da bancada do PT, Cândido Vacarezza (SP), disse que o pedido não tinha “fator determinado”. Para não dizer que tudo acabou em pizza, ficou acertado entre os líderes que a direção da Aneel fará um balanço da situação tarifária nos próximos dois meses nas comissões de Minas e Energia, Defesa do Consumidor e Fiscalização Financeira e Controle.