Agaciel se afasta –
O líder dos Democratas, José Agripino Maia (RN), estaria impedindo que a bancada tome uma posição a favor ou contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O senador potiguar tem uma longa história de acordos com o ex-presidente da República, passado que envolve também os seguidos acordos para a eleição da presidência do Senado e para o cargo de primeiro secretário da Mesa Diretora. Contrariado com os acontecimentos, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) pediu que José Sarney se afaste de qualquer instância de decisão em sindicâncias relacionadas aos escândalos administrativos da Casa. “O julgador não pode julgar os seus mais próximos”, avalia Demóstenes.
No final da tarde, o ex-diretor Agaciel Maia, que ficou no cargo por 14 anos e é tido como o principal articulador das supostas irregularidades, pediu licença por 90 dias com base no Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos. Embora o pedido tenha sido encaminhado ao primeiro secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), o processo é automático, mas Maia continuará recebendo seu salário que ultrapassa o teto da República, que é de R$ 24,5 mil.
Na carta encaminhada a Heráclito, o servidor disse ter “necessidade de preparar sua defesa diante da série de acusações que têm surgido”. Ele nega também ter chantageado senadores, conforme informação da Agência Senado.
