Efeito dominó –
O discurso que o presidente Lula da Silva proferiu há dias, ao lado do ministro Tarso Genro (Justiça), desdenhando da atuação e do retrospecto da Brigada Militar gaúcha continua repercutindo negativamente no Rio Grande do Sul. Prefeito de Porto Alegre, José Fogaça desancou a dupla petista ao dizer que o presidente desconhece a história da Brigada Militar, que se confunde com a do próprio Estado, não sem antes ser uma das mais antigas instituições do Rio Grande e orgulho na terra de chimangos e maragatos.
Essa incursão de Lula na seara policial tem explicações óbvias. Para viabilizar sua candidatura ao Palácio Piratini, o petista Tarso Genro precisa contar com a ala mais radical do Partido dos Trabalhadores, intimamente ligada aos baderneiros do MST. Como a Brigada Militar tem sido implacável no cumprimento das decisões judiciais – em especial as de reintegração de posse – e ao dar garantias aos proprietários rurais, Lula resolveu criar uma modalidade mais suave de enfrentamento dos companheiros que fazem da reforma agrária uma espécie de escudo legal para o cometimento de crimes continuados. Para entender a tese defendida por este site, basta recordar a covarde e criminosa invasão da Câmara dos Deputados, em 6 de junho de 2006, protagonizada por integrantes do MLST – Movimento pela Libertação dos Sem Terra.