Barrado no baile –
O deputado federal Flávio Dino (PCdoB-MA), um dos expoentes parlamentares da Câmara dos Deputados, creditou ao senador José Sarney (PMDB-AP) a rejeição, decidida pelo plenário do Senado na noite da última terça-feira, do nome de seu irmão, o procurador da República Nicolao Dino, para o Conselho Nacional do Ministério Público. Em rápida resposta à reportagem do ucho.info, Flávio Dino foi enfático. “Foi uma manobra da presidência do Senado”, disse, chateado. Nicolao Dino foi rejeitado por 31 votos e teve 22 favoráveis. Também foi recusado para ser conselheiro do CNMP o promotor de Justiça Diaulas Costa Ribeiro.
Na opinião do senador e promotor licenciado, Demóstenes Torres (DEM-GO), as indicações foram rejeitadas em protesto pela atuação do Ministério Público Federal. Nicolao Dino é de uma ala radical do MP, e já investigou a governadora maranhense e filha do presidente do Senado, Roseana Sarney, há alguns anos. Roseana foi posteriormente excluída da relação de réus num suposto esquema de fraudes na Superintendência da Amazônia (Sudam), que teria ocorrido no final da década de 1990.