Requentando a pauta –
Senador pelo PSB sergipano, Antonio Carlos Valadares apresentou na última quarta-feira (1) Proposta de Emenda Constitucional que torna obrigatória a exigência de diploma universitário para o exercício do Jornalismo. Trata-se de mais uma sandice legislativa que tenta contemplar os anseios dos que continuam discordando da recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que entende que a liberdade de expressão é cláusula pétrea e não pode ser restringida. Em outras palavras, a PEC em questão, se aprovada, nascerá sob o manto da inconstitucionalidade.
Para o autor da proposta, “uma consequência óbvia da não obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão seria a rápida desqualificação do corpo de profissionais da imprensa do país. Empresas jornalísticas de fundo de quintal poderiam proliferar contratando, a preço de banana, qualquer um que se declare como jornalista”.
Muito antes de a formação acadêmica ser a tábua de salvação dos diplomados, a qualidade do ensino nas faculdades de Jornalismo deveria ser constantemente monitorada por aqueles que insistem em adotar um discurso oportunista em defesa do diploma.
No contraponto, fatos mais importantes e preocupantes deveriam merecer a atenção dos defensores do diploma universitário. Jornalistas morrem apenas porque expressam suas opiniões ou incomodam pessoas supostamente poderosas. E nada é feito para coibir essa prática criminosa e retrógrada. Para evidenciar o descaso da categoria com os assuntos que circundam o universo da notícia, um jornalista da TV Brasil, criada pelo presidente Lula para ser um canal de disseminação dos ideais da esquerda tupiniquim, foi sumariamente demitido por discordar da opinião da direção da empresa, extremamente afinada com o pensamento dos petistas palacianos.