Porta aberta –
O processo de recuperação da montadora General Motors não ficará mais sob a tutela do governo norte-americano. A decisão, tomada no último domingo (5) pelo juiz Robert Gerber, da corte de falência em Manhattan, permitirá que os ativos mais lucrativos da companhia deixem o processo de recuperação judicial do governo. Gerber declarou que a medida irá “impedir a morte de um paciente na mesa de cirurgia” e concedeu um prazo de quatro dias para contestações antes de se tornar definitiva na próxima quinta-feira (9). Por causa da decisão, o juiz recebeu queixas de credores que afirmavam que a GM poderia se reestruturar com base no tradicional plano de recuperação, no qual eles também teriam direito a voto.
Com uma força de trabalho mais barata, rede concessionárias menores e dívida reduzida, o novo projeto da companhia pretende gerenciar somente as marcas Chevrolet e Cadillac, liquidando o restante das associadas. “A GM não pode sobreviver com a continuidade dos prejuízos e sem financiamento do governo que vai expirar em questão de dias”, escreveu Gerber na decisão que consumiu 95 páginas.
A venda dos ativos da GM é considerada uma importante vitória para a administração do presidente Barack Hussein Obama. No mês passado, o plano de incentivo ao setor automotivo desencadeou a venda da Chrysler para um grupo de investidores liderado pela italiana Fiat.