Estouro da boiada –
Com o mesmo desdém que exibiu por ocasião da eclosão da crise financeira mundial, o presidente Lula da Silva, messiânico como sempre, pouca importância deu ao surto da gripe A (H1N1), agora classificada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde. Com os casos da doença aumentando ao redor do mundo em progressão geométrica, a OMS já desistiu de contar os novos registros da doença. Com o registro de quinze mortes provocadas pelo vírus H1N1, o Brasil pode ter 67 milhões de infectados nas próximas semanas. Enquanto o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e outras autoridades da área garantem que tudo está sob controle, muitos hospitais públicos receberam no final de semana milhares de pessoas em busca de atendimento médico. No Hospital Emílio Ribas, na cidade de São Paulo, a fila de espera dos supostos infectados chegou a oito horas.
O Estado e suas autoridades podem omitir a verdade, mas é preciso imaginar situações de risco e encontrar soluções antecipadas para eventualidades. Um portador da gripe A que visitar algum interno do sistema prisional pode se transformar em um “serial killer”.