Violência –
Uma tragédia nacional. É o que se pode dizer dos números revelados no final da manhã desta terça-feira no Índice de Homicídios na Adolescência. Foz no Iguaçu (PR) é a cidade mais perigosa para os jovens entre 12 e 18 anos, segundo a pesquisa feita pela Unicef, Secretaria Especial dos Direitos Humanos e a entidade não-governamental Observatório de Favelas. O índice de 9,7 é três vezes maior que a média nacional, seguido de Governador Valadares (MG) e Cariacica (ES). Entre as capitais, Maceió (AL) e Recife (PE) lideram o ranking de homicídios entre adolescentes, ambas com uma média de 6 jovens mortos para cada mil. O estudo avaliou 267 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes.
A média do Índice de Homicídios na Adolescência é de 2,03 jovens vítimas de assassinato antes de 19 anos completos. A pesquisa revela ainda que a probabilidade de ser vítima de homicídio é quase 12 vezes maior para homens. Isso mostra por que o número de mulheres é maior entre a população, embora os nascimentos de meninos seja maior que o de meninas. Os dados concluem também que a população negra é a que mais sofre com a violência, já que o risco de um jovem negro morrer assassinado é 2,6 vezes maior em relação a um branco.