Faca amolada –
Nesta quarta-feira, o Comitê de Política Econômica do Banco Central (Copom), anuncia a nova taxa básica de juros (Selic), atualmente fixada em 9,25% ao ano. A expectativa do mercado financeiro é que o Copom opte por um corte de meio ponto percentual, mas alguns analistas mais pessimistas apostam em uma redução de apenas 0,25 pp.
Economista e consultor da área de negócios internacionais, Pedro Raffy Vartanian acredita que “com o provável corte de 0,5% na Taxa Selic, a taxa de juros real da economia será de cerca de 4,25%, o que certamente promoverá estímulos sobre o setor produtivo da economia, inclusive pela percepção de que os efeitos da crise internacional serão diluídos já em 2009.” Para o economista, “pode ser o último corte da taxa de juros do atual governo, pois o cenário de 2010 é de elevação ou, em uma perspectiva mais otimista em relação à inflação, manutenção. Apenas em 2011 a Selic deve sofrer novos cortes”.
Em 13 de maio passado, o Ministério da Fazenda anunciou que, a partir de 2010, pretende cobrar Imposto de Renda das cadernetas de poupança com saldo superior a R$ 50 mil, caso a taxa básica de juros fique abaixo de 10,25% ao ano. Se ambas as situações se confirmarem, Lula da Silva terá sérios problemas para fazer seu sucessor.