Pela restrição aos fretados, o metrô da capital paulista recebe 25 mil novos passageiros –
(*) Everton Amaro –
Em meio a protestos e manifestações, o metrô paulistano recebe, nesta segunda-feira (27), 25 mil novos passageiros, que deixaram de usar o ônibus fretado para chegar ao centro de São Paulo. Alterada inúmeras vezes, a Zona Máxima de Restrição à Circulação de Fretados terá 14 pontos de embarque e desembarque, sete deles em ruas próximas das estações de metrô, para permitir o usuário do fretado chegue ao destino sem que o ônibus entre na área restrita de 70 km².
Somente na Estação Imigrantes, da 2 – Linha Verde, o número de passageiros aumentará em 54%. Vindos principalmente de cidades da Região Metropolitana e da Baixada Santista, os usuários temem perder o conforto e não conseguir assentos disponíveis ainda no horário de pico da manhã.
Segundo a Secretaria de Transportes de São Paulo, as estações Imigrantes e Sumaré terão acréscimo de 54% e 32% no número de passageiros, respectivamente. Em junho, durante o horário de operação do metrô, rodaram as catracas dessas estações 24 mil pessoas por dia. Agora, segundo os cálculos da Prefeitura, serão 34,5 mil.
Desde que foi proposta, a restrição tem causado protestos tanto da opinião pública quanto pelos vereadores da oposição. A bancada de vereadores do Partido dos Trabalhadores, por exemplo, divulgou uma nota na última sexta-feira (26) criticando as regras previstas na Portaria 058/09, que disciplina o serviço de fretamento na cidade. Para os parlamentares de oposição ao prefeito Gilberto Kassab (DEM), “a normatização não pode ser tão rígida a ponto de prejudicar os usuários e quase inviabilizar a atividade”.
O texto, assinado pelo líder do PT na Câmara, vereador João Antonio, reconhece que o setor de ônibus fretados necessita de regulamentação, mas defende que isso seja feito “de modo justo e funcional a sua operação”. Além disso, novamente reclamou para que “a regulamentação do setor seja verdadeiramente discutida com todos os interessados”.
