Operação abafa – Ousado e abusado, não necessariamente nessa ordem, o ex-deputado federal José Janene – que escapou da cassação porque fugiu durante meses do Conselho de Ética da Câmara, onde seria julgado como um dos sultões do Mensalão – continua se valendo do mesmo modus operandi dos tempos de truculência política. Acusado pelo Ministério Público Federal e processado pela Justiça Federal por lavagem de dinheiro e apropriação indébita, no caso em que é vítima a empresa Dunel Indústria e Comércio (com sede em Londrina e de propriedade de Hermes Freitas Magnus), Janene agora apela para interlocutores na tentativa de minimizar o estrago judicial que está prestes a acontecer.
Há dias, Freitas Magnus foi procurado, por telefone, por um estafeta de José Janene, o “globetrotter” José Mugiatti Neto. Na conversa telefônica, o despreocupado Mugiatti, criatura que tem a mesma sensação de impunidade do criador, reconhece a apropriação indébita cometida pela CSA Project Finance, empresa de José Janene, ao afirmar: …“a conversa é a seguinte bicho, tá tudo guardado lá, apesar de não acha que num tá. Tá tudo guardado, todos os equipamentos… (incompreensível), tão em ordem, não estão estragados, inclusive é… o carro também tá guardado”…
O pequeno e desclassificado papel de José Mugiatti Neto nesse capítulo do imbróglio é convencer o empresário Magnus a mudar as denúncias feitas à Justiça, sob a alegação de que tudo não passou de uma disputa política. E Mugiatti faz isso ao insinuar que “eles (Janene e seu bando) sempre colocam uma pedra no caminho”.
A Justiça Federal precisa ser implacável com José Janene, sob pena de o ex-deputado continuar fazendo da Grande Londrina o seu faroeste particular. Clique e ouça trecho da conversa telefônica em que Mugiatti tenta persuadir um escaldado Magnus, e que o ucho.info divulga com absoluta exclusividade.
Observação importante: Quando o empresário diz na conversa telefônica “andei dando uns tiros aí” significa ter viajado seguidamente a várias cidades brasileiras em curto espaço de tempo.