Sérgio Cabral suspende decreto que autorizava construções em áreas de risco

Mudando o discurso

sergio_cabral_03Como era de esperar, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, que se acovardou diante da tragédia que se abateu sobre Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, decidiu suspender o decreto da Área de Proteção Ambiental de Tamoios, de sua própria autoria e que autorizava construções em áreas de proteção ambiental – na verdade são de risco – em Angra dos Reis e na Ilha Grande. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pela secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, que ocupa a pasta anteriormente comanda por Carlos Minc, atual ministro do Meio Ambiente. “O decreto não tem interferência com risco de ocupação. Procura organizar as ocupações em zonas de conservação da vida silvestre e não em zonas de preservação, onde continua proibida a ocupação do solo. Mas, tendo em vista a polêmica suscitada, os efeitos desse decreto estão suspensos até o fim do estudo de revisão do Plano de Manejo da região, que já está em andamento”, dclarou a secretária.

De acordo com Marilene Ramos, cerca de 3 mil casas devem ser demolidas na região de Angra dos Reis e Ilha Grande. Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) já iniciaram um levantamento das áreas de risco em toda a Ilha Grande. Vale lembrar que, meses atrás, o deputado estadual fluminense Alessandro Molon (PT) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa fluminense para condenar o decreto do governador Sérgio Cabral Filho, que depois da catástrofe surgiu em cena ao lado do deputado federal Luiz Sérgio (PT), ex-prefeito de Angra dos Reis.