Medo desnecessário –
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A queda de braço entre o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os comandantes militares e o presidente Lula da Silva, por conta da criação da Comissão Nacional da Verdade, continua repercutindo em diversos segmentos da sociedade. O presidente da seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil, Wadih Damous, afirmou durante entrevista concedida na quarta-feira (6) que Lula da Silva não pode ser “emparedado” por Jobim e os comandantes das três Forças. “O presidente não pode ser emparedado ou ceder a pressões, pois seria retrocesso inaceitável nas conquistas democráticas”, declarou Damous. Para o presidente da OAB-RJ, Lula deveria aceitar o pedido de demissão do ministro e dos chefes militares, caso os respectivos pedidos sejam confirmados em razão do descontentamento com as propostas do Programa Nacional de Direitos Humanos, que altera a Lei de Anistia.
Elucidar os crimes cometidos durante a ditadura militar só será válido se a medida valer para todos os envolvidos em transgressões, militares ou terroristas. Até porque, segundo a Constituição Federal, todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza. E mais: se a esquerda quer mesmo enquadrar os responsáveis por atos de tortura, que alguém explique o que aconteceu com Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André. Homem de confiança da cúpula do PT, Celso Daniel foi empalado antes de ser assassinado.
