Assessoria afiada –
A assessoria de imprensa do presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), está fazendo um esforço hercúleo para que o velho cacique fique melhor na fita. Todas as denúncias estão sendo respondidas. É uma ordem direta do secretário de Comunicação, Fernando Mesquita, velho escudeiro de Sarney. Na noite de quarta-feira (6), por exemplo, a “Agência Senado” postou uma pequena nota em que afirma que o Senado Federal fez uma economia de 48,6% com as despesas de passagens aéreas utilizadas pelos senadores em 2009, comparadas com os gastos realizados em 2008.
Há dois anos, o gasto foi de R$ 18.210.530,51. No ano passado, as despesas teriam caído para R$ 9.359.024,59. É mais um esforço para que o Senado Federal não entre novamente no ano legislativo sob uma catarata de críticas. A imprensa divulgou ontem, por exemplo, que o Senado Federal gastou 4,4% a mais com o pagamento de horas extras em 2009, passando de R$ 83,9 milhões, em 2008, para R$ 87,6 milhões, no ano passado. Segundo nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Casa, o aumento ocorreu porque houve alta de 99,42% no valor da hora extra paga, que subiu de R$ 1.324,80 para R$ 2.641,93.
Em janeiro do ano passado, o Senado desembolsou R$ 6 milhões em horas extras para 3,8 mil funcionários durante o mês de janeiro, período de recesso parlamentar, quando não são realizadas sessões, reuniões ou votações de matérias. Ainda conforme a nota, seguindo novo sistema administrativo, o número de servidores autorizados a receber hora extra caiu de 4.227, em 2008, para 2.763, em 2009. Em média, a redução foi de 35% no decorrer do ano passado. “O Senado Federal teve sucesso em sua decisão de reduzir a concessão de horas extras em 2009”, diz a nota.