Dando o troco –
Muito tem se falado sobre a compra de caças supersônicos para a Força Aérea Brasileira, mas o que sobra de todo esse maremoto é uma enxurrada de especulações. É difícil acreditar que um País que tem necessidade diuturna de ampliar e melhorar o patrulhamento de suas fronteiras possa esperar um avião sair do papel, como é o caso do Gripen NG, modelo oferecido pela sueca Saab. No outro vértice da concorrência está a Boeing, com o F-18 Super Hornet, que apesar de todo o histórico de sucesso do modelo em questão tropeça na legislação norte-americana, que impede a transferência de tecnologia militar. E qualquer autorização nesse sentido depende do Congresso dos EUA, e não do governo do presidente Barack Obama, como anunciado anteriormente pela fabricante. Como a decisão a ser tomada pelo presidente Lula da Silva será eminentemente política – e há lógica nisso – é compreensível que a escolha recaia sobre o Rafale, da francesa Dassault. A notícia de que a FAB teria classificado o Gripen como a melhor opção pode ter sido uma forma de os militares dificultarem a vida de Lula da Silva, que tentou no apagar das luzes de 2009 emplacar o Programa Nacional de Direitos Humanos, com destaque para a criação da Comissão da Verdade. O objetivo seria criar embaraços ao presidente Lula no âmbito internacional, em especial na França, onde o principal jornal local elegeu-o como a personalidade de 2009.