Medo desnecessário –
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Levantamento revelado nesta terça-feira (12) pelo “Contas Abertas”, com base nos dados do Siafi, informa que as dívidas do Programa de Aceleração do Crescimento já bate na casa dos R$ 24,3 bilhões. Na linguagem do serviço público, trata-se de restos a pagar – as contas são roladas para o ano seguinte. Essa prática acontece desde 2007. O valor de pagamentos a serem feitos equivale a 66% de tudo o que o governo já pagou desde a criação do PAC – pouco mais de R$ 36,6 bilhões.
Em 2009, a União pagou mais de R$ 9 bilhões de contas acumuladas nos três anos de PAC. Esse valor representa 51% de tudo o que foi pago no ano passado – R$ 17,9 bilhões. “Isto indica que, nesta proporção, o governo federal tenderia a deixar como herança para o seu sucessor ou sucessora um alto valor de débitos”. O site foi atrás de opiniões sobre essa estratégia contábil e o vice-presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo, Paulo Brasil, prevê que “a próxima gestão estará extremamente comprometida, em especial na questão de infraestrutura”.
Em outra análise, o “Contas Abertas” concluiu que os ministérios dos Transportes e das Cidades continuaram a frente do programa como principais gestores. Juntos, eles concentraram quase 78% do total aplicado com as obras do programa, segundo consulta realizada no último dia 04, com resultados até 31 de dezembro. Os ministérios da Agricultura, Planejamento, Desenvolvimento Agrário e Justiça estão na outra ponta. As quatro pastas aplicaram a soma de R$ 8,9 milhões, o equivalente a 0,05% do total pago.
