Manobra dos aliados –
É improvável que seja aprovado nesta quinta-feira (14) a convocação do ex-secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal, Durval Barbosa, o operador do esquema de corrupção em investigação pelo Superior Tribunal de Justiça, Ministério Público Federal e Polícia Federal. A proposta, apresentada pelos deputados distritais de oposição da Câmara Legislativa, poderá ser votada na primeira reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar o suposto esquema de pagamento de propina a deputados e membros do governo distrital, incluindo o governador José Roberto Arruda (sem partido) e o vice-governador, Paulo Octávio (DEM).
Barbosa foi o autor da gravação dos vídeos em que várias autoridades recebem propinas e representantes de empresas entregam dinheiro em espécie para ser distribuído entre os políticos. O ex-secretário e ex-delegado de Polícia Civil prestou depoimentos à Justiça sob a promessa de reduzir penas em outros processos em que é réu.
A reunião será às 15 horas. A CPI foi instalada no último dia 11, quando ocorreu a eleição de seus membros, a maioria pertencente à base de sustentação do governo – presidente, deputado Alírio Neto (PPS); vice-presidente, Batista das Cooperativas (PRP); relator deputado Raimundo Ribeiro (PSDB); membros deputados Paulo Tadeu (PT) e Eliana Pedrosa (DEM). Além da convocação de Durval Barbosa, a CPI pode decidir sobre o requerimento assinado por Paulo Tadeu em que pede cópias do processo do inquérito em tramitação no STJ e informações de todos os contratos do GDF com empresas. Há cerca de 470 requerimentos a serem apresentados à medida que a investigação avançar.