Língua solta –
A cobertura jornalística massiva sobre determinado evento provoca exageros, armadilha fácil para jornalistas e entrevistados. Mas a gafe cometida pelo cônsul do Haiti em São Paulo, George Samuel Antoine (à esquerda na imagem), ultrapassou todos os limites. Foi outra vítima do microfone aberto antes ou depois da exibição de entrevistas em emissoras de tevê. O apresentador Boris Casoy, da Bandeirantes, no início do ano, destilou todo o seu preconceito ao relevar as manifestações de paz e amor em 2010 por dois garis paulistanos (o ucho.info exibiu o vídeo). Antoine foi apanhado com o seu descontrole verborrágico quando concedia entrevista à repórter Elaine Cortez, exibida no “SBT Brasil”. Afirmou que a tragédia no Haiti está tendo bons resultados para ele e atribuiu a culpa do terremoto no seu país à religião. “A desgraça de lá está sendo uma boa pra gente aqui, fica conhecido’, disse o cônsul. “Acho que de tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo… O africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano lá tá fudido”.