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Em 2006, quando Luiz Inácio da Silva disputou a reeleição contra Gerado Alckmin, agora eleito para novamente governar São Paulo, os petistas não se incomodaram em abusar das mentiras e afirmar que os tucanos, em caso de vitória, privatizariam a Petrobras. À época, a amestrada militância criou o termo “privataria”, usado recentemente com espantosa largueza por um pequeno grupo de jornalistas que recebeu fortunas para adular a petista Dilma Rousseff durante a campanha presidencial.
Em muitos dos ataques petistas, os tucanos foram acusados de privatizar as empresas de telefonia, processo que permitiu que cada brasileiro pudesse ter um telefone em casa e um celular no bolso. Contrariando as falas dos companheiros ortodoxos e mentirosos, Dilma Rousseff já começa a pensar em privatizações. E o primeiro passo nessa direção será dado na Infraero, estatal responsável pela infraestrutura aeroportuária do País. Se é que o caos que impera nos aeroportos nacionais resulta de responsabilidade.
Diante da possibilidade cada vez maior de a Infraero não conseguir cumprir o plano de ampliação dos aeroportos brasileiros, tendo em vista a proximidade da Copa de 2014, Dilma pensa em despolitizar a estatal antes de abrir o seu capital para a iniciativa privada. Como a ampulheta do tempo funciona sem cessar, o prefácio desse processo pode acontecer com sete aeroportos brasileiros passando para as mãos do capital privado. São eles: Guarulhos, Tom Jobim (Galeão), Confins (Belo Horizonte), Porto Alegre, Salvador, Brasília e Viracopos (Campinas).
Se confirmado o desejo da presidente eleita, que já está sendo analisado pela equipe de transição, o novo cenário representará uma radical mudança no utópico discurso do PT, não sem antes ser uma prova inconteste de que o Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, não passou de um amontoado de obras e projetos reunidos sob a fumaça da pirotecnia eleitoral.