Quinteto peemedebista – Está previsto para a tarde desta quarta-feira (8) o anúncio oficial, por parte da equipe de transição, dos nomes indicados pelo PMDB para integrar a equipe ministerial da presidente eleita Dilma Rousseff.
Senador pelo PMDB do Maranhão, Édison Lobão conversou com o jornalista Gilmar Corrêa, editor-adjunto do ucho.info, e confirmou que retornará ao comando do Ministério de Minas e Energia, de onde saiu para disputar a reeleição. Lobão disse que reuniu-se com a sucessora de Lula na última semana, mas que durante o encontro não foram tratados detalhes da pasta, como a composição política da pasta, o que deve acontecer somente a oficialização dos indicados. O senador maranhense adiantou que o ministério será compartilhado com o PT. “Não há ministério com porteira fechada”, declarou Lobão.
Além do senador Édison Lobão, foram indicados pelo PMDB o paulista Wagner Rossi, que continuará à frente do Ministério da Agricultura, o deputado federal Pedro Novais (MA), que assumirá o Turismo, e Moreira Franco, indicação pessoal do vice-presidente eleito Michel Temer, para a Secretaria de Assuntos Estratégicos. Senador reeleito, o potiguar Garibaldi Alves Filho foi indicado para o Ministério da Previdência. Atual ministro da Defesa, o peemedebista gaúcho Nelson Jobim continuará no cargo por pelo menos mais dois anos, mas está na cota da eleita Dilma Rousseff.
Ao aceitar as indicações do PMDB, Dilma coloca o governador Sérgio Cabral Filho, do Rio de Janeiro, em má situação política. Após a operação de retomada da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, Cabral Filho esteve reunido com Dilma para tratar da permanência das tropas federais no Rio, mas saiu do encontro anunciando o nome de Sérgio Côrtes como o substituto de José Gomes Temporão no Ministério da Saúde. Como profecia de camelô, o discurso do governador fluminense durou o tempo necessário para que Michel Temer e José Sarney entrassem em ação.