Conversa fiada – Luiz Inácio da Silva despede-se do poder da pior maneira possível. Sempre abusando de um palavrório sensacionalista, utópico e mitômano, o presidente-metalúrgico decidiu nesta quinta-feira (9) sair em defesa de Julian Assange, criador do Wikileaks, que foi preso em Londres por conta de um processo de estupro e agressão sexual a que responde na Suécia.
“O rapaz do Wikileaks foi preso e não estou vendo nenhum protesto pela liberdade de expressão. É engraçado. Não tem nada, nada pela liberdade de expressão e contra a prisão de um rapaz que estava fazendo um trabalho melhor do que o de muitos embaixadores”, declarou Lula.
Sobre a divulgação de correspondências da diplomacia norte-americana, que deixou a Casa Branca em péssima situação no cenário internacional, Lula disse que a sua sucessora deve orientar sua equipe de assessores para evitar constrangimentos semelhantes. “A Dilma tem que falar para os seus ministros que se não tiver o que escrever, não escreva nada. Não escreva bobagem. Daí aparece o tal do Wikileaks e desnuda essa diplomacia”, afirmou o presidente.
De acordo com o petista, “culpado não é quem divulgou [o conteúdo dos documentos secretos], é quem escreveu”. “Fica registrado o meu protesto pela liberdade de imprensa”, completou.
Tudo muito bem. O discurso de Lula é politicamente correto, mas é preciso que o presidente olhe para o próprio quintal. Não é de hoje que Luiz Inácio da Silva defende nos bastidores um rigoroso controle da imprensa, defesa que começa a se materializar na tentativa de criação de conselhos de comunicação em todo o País. Ou seja, Lula é a favor do retorno da censura, como forma de proteger os escândalos protagonizados pela esquerda tupiniquim e principalmente garantir a implantação no País de uma ditadura civil.
Ademais, o Brasil ainda tem na memória a decisão de Lula da Silva de expulsar do País o jornalista Larry Rohter, então correspondente do “The New York Times” em terras verde-louras, que ousou escrever sobre os “bebericos” do presidente. A expulsão só não se consumou porque assessores convenceram Lula a desistir da ideia. Mais recentemente, o presidente se indispôs com uma jornalista durante visita oficial ao Maranhão, sugerindo à sua interlocutora um tratamento psicológico. Tudo porque a jornalista fez a Lula uma pergunta considerada inadequada.
Resumindo, Lula da Silva não tem cabedal para falar em liberdade de imprensa e muito menos para sair em defesa do criador do Wikileaks.