Copa de 2014 poderá ser exclusividade de torcedores estrangeiros e endinheirados

Hora da morte – Indicado para assumir o Ministério do Turismo no governo da eleita Dilma Vana Rousseff, o inexperiente Pedro Novais (PMDB-MA) terá muito trabalho pela frente para fazer valer a promessa do presidente Luiz Inácio da Silva, que na cerimônia em que a FIFA confirmou o Brasil como sede da competição disse que o País faria um evento inesquecível.

Entre as obras do Programa de Aceleração do Crescimento que estão inacabadas ou até mesmo paralisadas, que representam 40% do total, os aeroportos são os mais prejudicados. Há muito carecendo de reformas e obras de ampliação, muitos aeroportos operam além da capacidade, proporcionando aos incautos e amestrados passageiros condições inadequadas em termos de dignidade.

Como se isso não bastasse, os preços das passagens aéreas podem comprometer o maior evento esportivo do planeta. Considerando que as duas maiores cidades brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro, devem sediar os mais importantes jogos da Copa (abertura e encerramento), é preciso encontrar uma forma de baratear o preço das passagens aéreas, o que garantirá ao torcedor brasileiro a possibilidade de acompanhar as partidas. Dependendo do horário, viajar de avião da Pauliceia Desvairada para a Cidade Maravilhosa, ou vice-versa, pode custar até R$ 1 mil.

Para se ter ideia do descalabro que tomou conta das viagens aéreas pelo Brasil, uma viagem de avião (ida e volta) de São Paulo até a bela capital alagoana, Maceió, chega a custar R$ 1,6 mil. O que para alguns parece não ser um absurdo, uma passagem aérea para o trecho São Paulo – Pequim – São Paulo, com direito a escala em Milão, por exemplo, custa R$ 3 mil. Mesmo assim, Lula acredita que marcou um tremendo gol de placa ao trazer a Copa do Mundo para o Brasil.