Brasileiro bate recorde em time espanhol com 220 jogos pelo submarino amarelo

Ideia na cabeça – Antes mesmo que Marcos Senna comece a sua resposta para confirmar o óbvio – como se adaptou sem problemas ao futebol espanhol –, o volante já comete um ato falho que fala por si só. “Bueno”, ele inicia, pronto para começar a falar espanhol. Entrevista, afinal, é algo que o brasileiro está acostumado a conceder em castelhano, não em português. E, no final das contas, a verdade é que o mesmo vale para jogar bola.

Num mercado de transferências em que o único possível senão para os jogadores brasileiros que migram para a Europa é sua capacidade de se adaptar às diferenças da vida e do futebol em outro continente, Senna é o exemplo mais bem acabado de alguém que não apenas se encaixou à nova vida como viu sua carreira de fato decolar e atingir um novo patamar depois da chegada ao Villarreal em 2002.

“Acho que o fundamental para o jogador que chega a um novo país é sair do Brasil já com a ideia na cabeça de que vem para ficar e que, para isso, será preciso mudar seus costumes. Se você já chega pensando assim, a tendência é de que tudo seja mais fácil do que o esperado”, conta o volante ao “Fifa.com”, alguns dias depois de ultrapassar a marca de 220 jogos com a camisa do submarino amarelo – o que fez dele o recordista no clube, superando o argentino Rodolfo Arruabarrena.