Geraldo Alckmin e o prefeito Kassab travam guerra política silenciosa nos bastidores

Jogo pesado – As eleições de 2014 já estão na pauta política do mais rico e importante estado brasileiro, São Paulo. Confirmando o que anteciparam os jornalistas do ucho.info, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que no último dia 1º de janeiro voltou ao Palácio dos Bandeirantes para comandar os destinos dos paulistas nos próximos quatro anos, trabalhará durante esse período de olho nas silenciosas candidaturas que surgem para daqui a quatro anos.

Enquanto o prefeito paulistano Gilberto Kassab (DEM) tenta se cacifar politicamente para concorrer ao Bandeirantes em 2014, o tucano Alckmin quer emplacar alguém da sua confiança na prefeitura da Pauliceia Desvairada, cuja eleição acontece em 2012. Ciente de que o Democratas pode não lhe dar a visibilidade política necessária para alimentar sonhos mais ousados, Kassab retomou as negociações iniciadas com Orestes Quércia para seu desembarque no PMDB. Com a morte de Quércia, no dia 24 de dezembro passado, o alcaide paulistano agora trata do assunto com ninguém menos que Michel Temer, vice-presidente da República.

Sabendo que ficar para trás em qualquer situação política representa um risco enorme, o governador paulista tratou de receber Michel Temer em palácio um dia após o encontro do vice com o prefeito Kassab.

Mas a briga não para por aí. Gilberto Kassab abriu as portas da prefeitura de São Paulo para acomodar os tucanos que serviram ao ex-governador José Serra e foram desalojados por Geraldo Alckmin. O primeiro a deixar a máquina estatal e desembarcar na administração paulistana foi Mauro Ricardo, ex-secretário da Fazenda, agora instalado na Secretaria de Finanças da prefeitura. No rastro dessa queda de braços, outros dois nomes de destaque da administração José Serra podem engrossar a equipe de Kassab. O ex-secretário da Educação, Paulo Renato de Souza, e Luiz Antônio Guimarães Marrey, ex-chefe da Casa Civil paulista.