Sindicalistas jogam a toalha e admitem que governo aprovará com facilidade novo mínimo no Senado

Abrir negociação – As centrais sindicais e o senador Paulo Paim (PT-RS) entregaram os pontos e já admitem que a proposta do salário mínimo de R$ 545,00 será aprovada com folga na quarta-feira (23) no Senado Federal. Paim nem mesmo conseguiu o apoio do seu partido para apresentar uma emenda ao projeto do governo, aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados. “Já sabemos qual o resultado do Senado”, afirmou Paim.

Os aposentados que também participaram da reunião saíram chateados do encontro, pois o governo da presidente Dilma Rousseff não contemplou o reajuste dos benefícios previdenciários com base no índice do salário mínimo, que passará a ser reajustado por decreto até 2015. “Vamos sair perdendendo”, afirmou um dos diretores da Confederação dos Aposentados (Cobap).

Após a reunião com os dirigentes das centrais sindicais, que terminou há pouco, o senador Paulo Paim afirmou que agora sua tarefa será reabrir um canal de comunicação com o Palácio do Planalto. As relações entre sindicalistas e o governo azedou depois que a proposta de R$ 560 foi rejeitada pela presidente Dilma Rousseff.

“Vamos fazer uma política de diálogo”, explicou o senador gaúcho no caminho para se encontrar com a liderança do PSDB. Somente com o apoio dos tucanos e da bancada dos Democratas será possível a obtenção de dezessete assinaturas para apresentação de uma emenda.

Nesta tarde, o PSol protocolou na secretaria da Mesa Diretora do Senado proposta de R$ 700 para o mínimo. O ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, afirmou no entanto que o Palácio do Planalto não aceitará qualquer mudança no projeto que estabelece o novo salário mínimo e a regra para reajuste até 2015.