Nas alturas – Começa amanhã, terça-feira (1), a segunda reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) da era Dilma Rousseff. De acordo com projeções de analistas do mercado financeiro nacional e do próprio BC, o Copom deve mais uma vez elevar os juros. A maioria das apostas está centrada em um aumento de 0,5 ponto percentual, o que elevaria a taxa básica de juros (Selic) dos atuais 11,25% para 11,75.
Muitos analistas preveem que a Selic, que regula a economia verde-loura, deve encerrar o ano de 2011 fixada em 12,5%, o que fará do Brasil o país detentor da mais alta taxa de juros do planeta. Esse movimento de alta da taxa básica de juros será adotado para tentar frear o galope da inflação, que até o momento não respondeu às medidas adotadas pelo governo federal.
Com a nova realidade da economia, o governo da presidente Dilma Rousseff será obrigado a rever suas contas, pois a Selic incide principalmente na dívida pública interna, que atualmente ultrapassa a casa de R$ 1,5 trilhão, valor superior à arrecadação anual de impostos do Estado como um todo (União, estados e municípios.
Se o objetivo da alta dos juros é conter a inflação e desacelerar o consumo, algo de muito errado acontece nos bastidores econômicos do governo de Dilma Rousseff. Quando teve sua vitória confirmada nas urnas, a presidente foi aconselhada por assessores a enfrentar o ressurgimento da crise financeira internacional com o incentivo ao consumo interno. Tanto é assim, que os bancos oficiais têm gasto verdadeiras fortunas para anunciar a oferta de crédito para pessoas físicas e jurídicas.
Quando ainda subia em palanques para estocar o tucano José Serra, seu adversário na recente corrida presidencial, Dilma se apresentava como a garantia da continuidade das conquistas patrocinadas por Lula da Silva. Ora, se a corda do messianismo petista está estourando em menos de dois meses do governo da sucessora Dilma, é porque Lula mentiu aos bolhões.