Greves e demissões – O deputado federal Manoel Júnior (PMDB-PB) apelidou o governador do seu estado, Ricardo Coutinho (PSB), de “Ricardo Kadaffi”, em alusão ao ditador da Líbia, que enfrenta uma revolta popular. O apelido vem por conta do caos que a Paraíba enfrenta há dias com a demissão de cerca de 30 mil servidores estaduais, agravado com a greve dos policiais e bombeiros.
O movimento paredista, que não tem data para terminar, começou na segunda-feira (28) após uma assembleia geral em que os policiais criticaram duramente o corte de benefícios trabalhistas. Segundo informou o deputado Manoel Júnior, muitos cortes foram feitos linearmente, sem contar o mérito do servidor público.
Citou como exemplo à reportagem do ucho.info a suspensão de benefícios a policiais com cursos nos Estados Unidos e que já integraram as forças de paz do Brasil no exterior.
A situação na Paraíba é caótica e a segurança pública uma preocupação a mais da população. Para atenuar o problema, o governo federal atendeu ao pedido do governo estadual para enviar um contingente da Força Nacional de Segurança à Paraíba. Segundo informou o portal “G1”, a decisão de enviar a Força Nacional foi tomada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, após pedido do governador Ricardo Coutinho, na manhã desta terça-feira (1).
As tropas devem seguir para João Pessoa, a partir de Luziânia (GO), na quarta-feira (2). Não bastasse a greve dos policiais militares e dos bombeiros militares (cerca de 15 mil, de acordo com o sindicato da categoria), delegados da Polícia Civil do estado também devem aderir à paralisação.
“Nossa greve só começa na sexta-feira [4], como determina a lei das greves, que prevê o anúncio com 72 horas de antecedência. Sabemos que a lei do reajuste foi contestada judicialmente, mas acreditamos que o governo tem condições de pagar esse reajuste, mesmo que não imediatamente”, disse o delegado Claudio Lameirão, presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil da Paraíba.
