Dois prestigiados – Nesta segunda-feira (14), a presidente Dilma Rousseff (PT) tem uma agenda amena. Recebe ministros para discutir temas como energia elétrica e as pendengas jurídicas que cercam a administração federal. Apesar da aparente tranquilidade que envolve a rotina da presidente, o 73º dia do governo Dilma dá início a uma nova semana de especulações em torno da troca de ministros.
Nos bastidores da política há cinco nomes que poderiam ser trocados nos próximos meses. A lista reúne Nelson Jobim (Defesa), Ana de Hollanda (Cultura), Fernando Haddad (Educação), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte). Dos 37 ministros, poucos estariam em alta, entre eles o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e Antônio Palocci Filho, da Casa Civil.
Como o ucho.info já informou, a situação de Orlando Silva Júnior é a mais delicada entre as de todos os ministros sob risco de degola no governo. Segundo o jornal ‘O Globo’, a presidente Dilma Rousseff queria que o PCdoB tivesse indicado a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) para o Ministério do Esporte. Orlando Silva teria participado de uma articulação com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), para enfraquecer o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, escolhido por Dilma para o comando da Autoridade Pública Olímpica (APO). A manobra teria desagradado o Planalto.
Em situação de desconforto desde o início do governo de Dilma Rousseff, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, é outro colaborador que vive em permanente corda bamba. A antipatia que separa os dois é mútua e vem desde governo Lula, quando ambos viviam às turras. Jobim também estaria contrariado com o corte orçamentário em sua pasta, principalmente por causa da reação dos militares.
Dilma saiu em socorro de Ana de Hollanda ao cancelar a nomeação do sociólogo Emir Sader, que tinha chamado a ministra de “meio autista”, para o comando da Fundação Casa de Rui Barbosa. Sem pulso, autoridade e quase uma representante do Ecad no ministério, Ana poderia ser substituída pelo ator Sérgio Mamberti, fiel escudeiro do PT na vida artística. Escondido também está o ministro do Turismo, que até agora não mostrou para que veio, ou melhor, não justificou ainda sua nomeação.