Crise nacional – Enquanto os japoneses continuam ameaçados por mais terremotos e tsunamis, no Brasil a população de nove estados (Mato Grosso do Sul, Paraná, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina e Pará) sofre com as inundações. De acordo com as coordenadorias da Defesa Civil nos estados, há pelo menos 40 mil desabrigados ou desalojados pelo transbordamento de rios em cerca de 70 municípios.
Somente no Maranhão, 11,5 mil desabrigados que tiveram que deixar suas casas nos municípios de Imperatriz, Pedreiras, Trizidela do Vale, Pedreiras e Bacabal. Estábulos de um parque agropecuário estão sendo utilizados como abrigos para as vítimas das enchentes na cidade de Bacabal. Pelo menos 170 famílias foram alojadas no local.
No Paraná, de acordo com o governo estadual, as enchentes já causaram a morte de duas pessoas. Até agora, 23.8 mil pessoas foram afetadas, 8.453 pessoas estão desalojadas, 967estão desabrigadas e 2.720 residências foram danificadas pelas enxurradas e deslizamentos. Desde domingo (13) está funcionando um gabinete de emergência para dar atenção prioritária à população do Litoral atingida pelas chuvas dos últimos dias. “Toda a estrutura do governo será direcionada para as comunidades atingidas”, disse o governador Beto Richa (PSDB) após criar o gabinete. As doações para as vítimas das enchentes já teriam chegado a 137 toneladas.
A Polícia Rodoviária Federal utilizou o Twitter para aconselhar os motoristas trafegar por duas rodovias federais. A forte chuva que atinge o Paraná provocou alagamentos, queda de barreiras e de três pontes, interditando totalmente a BR-277 (que liga Curitiba a Paranaguá) e a BR-376 (que liga o Paraná a Santa Catarina). O único acesso de Curitiba a Paranaguá é feito por um desvio que passa por Santa Catarina e aumenta a viagem em cerca de 250 km.
Na sexta-feira (11), o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, disse que o governo liberou R$ 10 milhões para os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Ele sobrevoou as áreas afetadas e ouviu governadores e prefeitos sobre a situação nas cidades. “Os prejuízos são muito grandes na produção agrícola, principalmente na de soja, onde se estima uma perda entre 25% a 30%. Também há muitos problemas de infraestrutura rodoviária, com perda de pontes e estradas vicinais”.
Em São Lourenço do Sul, município que fica no estado gaúcho, a água alcançou três metros de altura na madrugada de anteontem, superando todas as marcas da inundação de 1941. Segundo a “Agência de Notícias Jornal Floripa” o número de mortos só não foi maior porque a prefeitura alertou a população por meio de carros de som pouco antes da enchente. Até agora foram registradas sete mortes.