Cautela extra – A assessoria de Barack Hussein Obama ainda não confirmou oficialmente, mas o discurso que o presidente norte-americano faria na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, no domingo (20) foi cancelado. A operação deflagrada para garantir a realização do evento foi monumental, mas a desistência se deu diante da possibilidade cada vez maior de Obama enfrentar protestos.
A cautela, que para muitos pode ser inexplicável, passa pela conturbada Líbia, que ainda continua sob o comando do fragilizado ditador Muammar Khaddafi. Na noite de quinta-feira (17), a Organização das Nações Unidas aprovou o uso de força militar contra as tropas leais a Khaddafi, que planejara atacar com violência a cidade de Benghazi, reduto dos oposicionistas, mas acabou desistindo do ataque nas primeiras horas desta sexta-feira.
Com a decisão da ONU fica criada uma zona de exclusão aérea, na qual aviões líbios utilizados em ataques aos revoltosos podem ser derrubados a qualquer momento e sem autorização prévia. O anúncio da criação da zona de exclusão aérea foi comemorado pelos oposicionistas amotinados em Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia.
Como o governo brasileiro não se manifestou sobre as sanções contra o governo de Khaddafi, alegando que qualquer medida só poderia ser tomada após nova tentativa de negociação, a possibilidade de um protesto contra Barack Obama tornou-se iminente. Por conta disso, o presidente ianque discursará no Teatro Municipal do Rio para um público seleto.
