Disparada do preço da gasolina pode levar a indesejável inflação à casa dos dois dígitos

Barril de pólvora – Antes de viajar à China, a presidente Dilma Rousseff disse, com convicção, que o preço da gasolina não subiria. Dias depois, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, contrariou a chefe do governo e não descartou a possibilidade de alta, caso a cotação do petróleo no mercado internacional continue subindo.

Para não entrar em rota de colisão com o presidente da Petrobras, Dilma escalou o ministro Guido Mantega, da Fazenda, para desdizer Gabrielli. Há dias, Mantega afirmou que o preço da gasolina não sofrerá qualquer aumento. O ministro lembrou também que, se necessário, o governo federal pode reduzir a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que incide sobre a importação e a comercialização de combustíveis, medida que será adotada para neutralizar os efeitos da alta da gasolina.

Acontece que o consumidor brasileiro já sente no bolso a disparada de preços do combustível, que variam de acordo com as regiões do País. Na última semana, o preço do litro da gasolina em alguns estados brasileiros ultrapassou a barreira dos R$ 3, o que compromete sobremaneira o cotidiano dos cidadãos.

Com o governo federal errando a mão na adoção de medidas para estabilizar a economia, não será novidade alguma se a inflação, dentro de alguns meses, alcançar os dois dígitos. E se isso acontecer, não há mágica capaz a escalada do mais temido fantasma econômico.

Quando decidiu provocar aqueles que lhe faziam oposição, Luiz Inácio da Silva lançou o bordão “nunca antes na história deste país”, como se ele, Lula, fosse a redenção dos terráqueos. A prova maior de sua incompetência ronda diariamente o Palácio do Planalto e tira o sono de seus atuais inquilinos.