EUA criam enredo para provar morte de Osama, que já ameaça o reinado de Odete Roitman

Embromação ianque – Provar ao mundo que o saudita Osama bin Laden está realmente morto é o maior desafio da Casa Branca, que nos últimos dias tem se empenhado para transformar em verdade absoluta algo que parte do planeta continua acreditando ser uma cinematográfica armação. Horas depois do anúncio da morte do chefão da Al-Qaeda, autoridades norte-americanas se arriscaram em um oceano de informações desencontradas.

A primeira delas dava conta que bin Laden estava armado e reagiu à artilharia dos marinheiros ianques que invadiram a fortaleza paquistanesa que supostamente servia como esconderijo para o inimigo número um da América. Na sequência surgiu a notícia de que o responsável pelos ataques de 11 de setembro usou uma de suas mulheres como escudo, que também teria morrido no ataque. Não contentes, os ianques de Washington decidiram lançar ao vento a tese de que o terrorista foi decapitado.

Antes desse besteirol oficial, alguém balbuciou que Osama bin Laden estava doente e que na própria mansão-esconderijo se submetia a sessões diárias de hemodiálise. Em seguida surgiu um vizinho da casa que garantiu que alguém muito parecido com o terrorista, supostamente seu filho, saía todos os dias para comprar pão. O que pode complicar a situação do governo paquistanês diante da desconfiança oficial norte-americana.

Como se não bastasse, o empurra-empurra entre Washington e Islamabad já começou. O governo do Paquistão critica a ousadia da operação, que já foi classificada como intervenção militar estrangeira. E por conta disso promete rever a cooperação com o governo norte-americano. Por sua vez, a Casa Branca, que quer sepultar o caso o quanto antes, mas precisa passar uma borracha nas transgressões que cometeu, não hesita em afirmar que o governo paquistanês não foi nos últimos anos o aliado ideal, pois há quem garanta que Osama bin Laden estava no país há pelo menos cinco anos.

Para dar contorno novelesco à tentativa de sufocar a onda de especulações e desconfiança, o presidente Barack Hussein Obama capitaneou na quinta-feira (5), em Nova York, uma homenagem às vítimas dos atentados de 2001, cerimônia que teve lugar no local que no passado abrigava as torres gêmeas do World Trade Center. Horas depois, surgiu a informação de que Osama não estava armado e que foi alvejado pelos tiros disparados pelos militares dos EUA.

Enquanto o mundo vem sendo alvejado a cada dia por nova versão sobre a operação que supostamente tirou a vida de Osama bin Laden, o governo estadunidense se recusa a divulgar as fotos do terrorista morto, cujo cadáver, para a surpresa de nove entre dez terráqueos, acabou sendo arremessado ao mar depois de cumpridos rituais religiosos islâmicos. Autoridades garantem que testes de DNA foram realizados antes do sepultamento aquático de bin Laden, mas sem cadáver não há como realizar um exame de contraprova. Resumindo, ficará o dito pelo não dito.

A mais recente novidade do caso é que a Al-Qaeda reconheceu na manhã desta sexta-feira (6) que o líder da organização realmente foi abatido por um destacamento de elite da Marinha dos EUA. Declaração que coloca mais combustível na flamejante fogueira em que se transformou a enxurrada de especulações sobre a morte de Osama bin Laden.

Se aos Estados Unidos interessa sustentar a tese de que o terrorista mais procurado na última década de fato saiu de cena, à cúpula da Al-Qaeda tal situação também é conveniente, pois o grupo terá mais tranquilidade para planejar os próximos ataques, os quais não devem cessar tão cedo quanto imagina o serviço de inteligência da Casa Branca.

Morto ou não, Osama bin Laden continua incomodando e proporcionando arrecadações milionárias aos veículos de comunicação do planeta. E não demorará muito para que essa história atropele com facilidade o bordão rocambolesco “Quem matou Odete Roitman?”.