Em desgraça no eleitorado paulistano, Kassab será apenas uma arma do PT contra Alckmin

O futuro é logo ali – Tão logo as urnas eleitorais de 2010 foram fechadas, os políticos, vencedores e vencidos, mudaram a direção do olhar e passaram a focar as eleições municipais, que acontecem em outubro do próximo ano. Desde então, os que estão no poder e aqueles que têm alguma chance de vitória no pleito vindouro fazem planos e costuras políticas das mais distintas.

Tendo o Palácio dos Bandeirantes na alça de mira, o prefeito da maior cidade brasileira, São Paulo, pode ter escolhido o caminho menos adequado para disputar o governo paulista em 2014. Gilberto Kassab, que caiu em desgraça no vasto gueto dos formadores de opinião da Pauliceia Desvairada, desembarcou do Democratas, legenda que encolhe um pouco a cada dia, e criou o PSD, partido que já rezar pela cartilha palaciana e da presidente Dilma Rousseff.

A estratégia do Palácio do Planalto é esvaziar o quanto for possível o cacife eleitoral do governador Geraldo Alckmin, que em 20144 pode tentar a reeleição ou sair como candidato à presidência da República pelo PSDB, já que o tucano Aécio Neves deverá enfrentar, nas Gerais, a artilharia adversária de agora em diante. A operação que tem o aval de Dilma tem um só objetivo. Facilitar a vida do Partido dos Trabalhadores, que há quase duas décadas tenta destronar o tucanato do poder paulista. E o candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, pelo menos oficiosamente, é o ex-senador e agora ministro (Ciência e Tecnologia) Aloizio Mercadante, aquele que conseguiu a proeza de revogar o que era irrevogável.

Traduzindo para o bom e velho idioma nativo, Kassab será o homem-bomba do PT contra o reinado do PSDB em São Paulo.