Recordar é viver – Procurador-geral da República, Roberto Gurgel decidiu na segunda-feira (6) arquivar o pedido formulado pelos partidos de oposição (PSDB, Democratas e PPS) para investigar o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci Filho. Na opinião do procurador, os documentos apresentados por Palocci Filho descartam a possibilidade de cometimento de qualquer tipo ilícito na atuação da “Projeto Consultoria”, empresa de propriedade do ministro, e que não ficou caracterizado o uso do mandato de deputado federal para beneficiar empresas privadas junto ao governo federal.
A decisão de Roberto Gurgel foi considerada uma vitória de Palocci no meio da crise que se instalou no governo, mas não significa que a presidente Dilma Vana Rousseff manterá o ministro no cargo. Na verdade, descartar uma eventual investigação sobre a milionária e repentina evolução patrimonial de Antonio Palocci Filho pode ter contribuído para manter a polêmica viva por mais algum tempo, pois a oposição não desperdiçará chance tão preciosa.
Diferentemente do que faziam durante a era FHC, quando chamavam Geraldo Brindeiro de “engavetador-geral”, os petistas comemoraram a decisão do procurador Roberto Gurgel de descartar qualquer investigação sobre Palocci Filho, até porque por trás desse bisonho e meteórico enriquecimento há detalhes que certamente derrubariam a República.
Enquanto a oposição centra esforços para conseguir a convocação de Antonio Palocci, o assessor do ministro, Brani Kontic, que acompanhou de perto a emissão das notas fiscais da “Projeto, e o empresário-consultor Ademir Scarpin, que em seu escritório abrigou durante algum tempo a empresa do ministro, continuam incólumes.